Os Impactos dos Pneus Inservíveis ao Meio Ambiente: Uma Solução Através da Logística Reversa
Palavras-chave:
Logística reversa. Sustentabilidade. Responsabilidade socioambiental. Pneus.Resumo
Durante muitos anos, os seres humanos utilizaram dos recursos naturais de forma indiscriminada e sem qualquer preocupação com seus impactos ambientais e o que eles acarretariam para o futuro. Na atualidade, as gestões empresariais vivenciam uma grande pressão popular quanto aos impactos ambientais causados de sua produção, a preocupação cada vez maior quanto à responsabilidade socioambiental desenvolvidas pelas organizações exigiu que as empresas passassem a tratar e destinar mais adequadamente seus resíduos de produção e o descarte dos seus produtos finais por parte dos consumidores. A preocupação em regulamentar os processos e destinação final de pneus ou pneumáticos é relativamente recente, e vem sendo principalmente liderada pelas ações do CONAMA. Diante do exposto, o presente trabalho trouxe uma revisão de literatura narrativa, selecionando artigos publicados sobre a temática dos pneus inservíveis e logística reversa. Os estudos demonstram que a logística reversa é uma alternativa viável e adequada para promover o descarte dos pneus após sua utilização, reduzindo os impactos ambientais. A logística passou a ser uma ferramenta da gestão de cadeia de suprimentos, isso porque a partir do momento em que a logística ganha foco como estratégia empresarial, esta enfatiza a necessidade de um planejamento adequado quanto a compra de matéria-prima, armazenamento destas, distribuição para a produção, armazenamento do produto e distribuição para a comercialização. Neste contexto, um tema tem ganhado grande destaque, a Responsabilidade Social Empresarial, e passou a ser enfoque de estratégias organizacionais no intuito de atender a uma exigência do mercado e dos consumidores. Sugere-se que sejam desenvolvidas práticas pelas organizações que possuam como princípios a ética, a sociedade e a sustentabilidade, assim as ações organizacionais, partem do pressuposto do comprometimento com os quesitos éticos sociais e com o meio ambiente. Os fabricantes de pneus deveriam, portanto, elaborar um plano de gestão de coleta, armazenamento e destinação final dos pneus inservíveis e ainda instalar no mínimo um ponto de coleta nos municípios com mais de 100 mil habitantes. Esta obrigatoriedade possibilitaria que as grandes cidades brasileiras possuíssem locais específicos que os pneus inservíveis pudessem ser destinados, evitando assim o armazenamento e destino inadequado e também possíveis danos ao meio ambiente.